Na última semana, a H5N1 voltou a ser tema de debates na saúde pública devido a aparição de novos casos de contágio. Na primeira semana de janeiro, o Departamento de Saúde da Louisiana anunciou que um paciente hospitalizado por gripe aviária H5N1 havia morrido, tornando-se a primeira morte nos EUA pelo vírus. Além disso, o departamento sugeriu — depois da análise de amostra do paciente infectado — que o vírus sofreu mutação dentro do organismo do então paciente após o contágio.
O vírus H5N1 (gripe aviária) está gerando uma preocupação crescente devido ao seu potencial pandêmico. Apesar do risco atual ser baixo para o público geral, surtos em mamíferos e transmissões entre animais indicam que o vírus está evoluindo. Só nos Estados Unidos, foram confirmados 66 casos em humanos, sendo a maioria resultado da exposição durante o trabalho em granjas de aves ou laticínios.
O tema foi assunto no Podcast Public Health On Call, publicado no site da Escola de Saúde Pública Johns Hopkins Bloomberg, e que gerou um “perguntas e respostas” com a professora associada em Saúde e Engenharia Ambiental, Meghan Davis e com o PhD e professor de Microbiologia Molecular e Imunologia, Andrew Pekosz sobre por que é hora de dobrar os esforços para limitar a transmissão do H5N1 entre bovinos e pássaros.
Confira os principais pontos abordados na entrevista:
– Casos humanos: 66 casos confirmados nos EUA, principalmente associados ao contato com aves ou gado infectados.
– Mutação e risco: O vírus demonstrou capacidade de mutação em humanos, aumentando preocupações sobre transmissão sustentada.
– Risco de reassortimento: Co-infecções com influenza sazonal podem criar novas variantes mais transmissíveis.
– Impacto em animais: Alta mortalidade em gatos e surtos em gado leiteiro representam desafios para a saúde animal e a indústria agropecuária.
– Prevenção: Intensificação da vigilância em animais e humanos, práticas rigorosas de higiene e biossegurança são essenciais para conter a disseminação.
– A comunidade científica destaca a necessidade de vigilância contínua para prevenir um cenário de transmissão sustentada entre humanos.
Para ler/ouvir a entrevista completa, basta clicar no link abaixo: