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Quarto Boletim da Rede de Informação sobre a exposição ao agente SARS-CoV-2 tem orientações para a construção civil

A segurança e a saúde dos trabalhadores da construção civil é o tema do quarto boletim da Rede de Informação sobre a exposição ao agente SARS-CoV-2 lançado hoje, que objetiva divulgar recomendações e padrões de segurança – com base no documento da Occupational Safety and Health Administration (OSHA), a agência de departamento do trabalho americana – para esse grupo de trabalho.

O boletim se divide em quatro partes e destina orientação para diversas áreas, como as medidas de controle de engenharia, medidas de controle administrativo, uso de máscaras na construção civil e práticas de trabalho seguras.

Voltado para o controle de engenharia, o documento aconselha a reavaliação no processo de trabalho direcionado ao uso de máscaras NR-95 até o caso de trabalhos essenciais em ambientes internos. Para eliminar os riscos, o boletim aconselha seguir as diretrizes federais/estaduais/ municipais de emergências sanitárias para o controle da propagação da Covid-19, como medidas de controle administrativo.

Para o setor administrativo, também é recomendada a triagem para os funcionários. O boletim traz uma série de perguntas para serem feitas antes de enviar o trabalhador para um ambiente interno. “O trabalho é realmente essencial?”, diz uma das perguntas.

Alguns exemplos de treinamento também estão dispostos no documento, como o uso adequado, limitações, manuseios, descontaminação, remoção e descarte de qualquer material de EPI. Trata-se de orientações que devem ser tomadas, inclusive, como medida administrativa. Ao todo, são 18 orientações para o setor administrativo, muitas voltadas para o trabalho em ambientes internos.

Além de mostrar a forma de utilização correta por esses trabalhadores, o boletim alerta que não só isso é importante e ressalta o ponto primordial: a troca de máscaras, que deve ser feita pelos trabalhadores durante o turno de trabalho; principalmente, segundo o boletim, se elas estiverem sujas ou molhadas.

Instituir um rigoroso sistema de limpeza, garantir banheiros limpos e desinfetados, dentre outros são algumas das práticas de trabalho seguro trazidos pelo boletim.  A Rede de Informações salienta ainda que nenhuma das recomendações descritas no documento substitui o uso das EPI’s já utilizadas na construção civil.

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Rede de Informações e Comunicação sobre a Exposição de Trabalhadores e Trabalhadoras ao SARS-COV-2

A Rede de Informações e Comunicação sobre a Exposição de Trabalhadores e Trabalhadoras ao SARS-COV-2 surgiu devido à crescente demanda dos trabalhadores por informações. Seu objetivo é orientar os planos de contingência e protocolos por local de trabalho e ramos produtivos, conhecendo, assim, as condições de trabalho e de saúde dos trabalhadores dos serviços essenciais que estão atuando não apenas junto a pacientes, como também à população potencialmente infectada pelo SARS-CoV-2. A intenção é subsidiar ações de mitigação dos riscos à saúde.

A Rede utiliza dados, informações, conhecimento e comunicação para produzir os documentos que servirão de base para esses trabalhadores. Ela é constituída pela Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP/Fiocruz), incluindo o Centro de Estudos e Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana (Cesteh/ENSP/Fiocruz), a Plataforma Renast On-line – Fiocruz Brasília, a Universidade Federal da Paraiba e o Departamento Intersindical de Estudos e Pesquisas de Saúde e Ambientes de Trabalho (Diesat).

Instituições internacionais também estão na articulação feita pela rede para dinamizar o trabalho e cooperar com o desenvolvimento das metodologias do projeto, com base em três áreas do conhecimento, ciência da computação — pela The University of British Columbia, epidemiologia ocupacional — pela Fondazione IRCCS Ca’ Granda Ospedale Maggiore Policlinico e ação coletiva — pela Universidad Nacional de Colombia.

O Informe ENSP acompanhará as ações com a divulgação dos documentos e as denúncias feitas pelos trabalhadores.

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