O recente cenário de influenza aviária, causada pelo vírus influenza A (H5N1), tem sido monitorado de perto pelo Laboratório de Vírus Respiratórios, Exantemáticos, Enterovírus e Emergências Virais do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) — que atua como referência nacional em influenza junto ao Ministério da Saúde (MS) e integra a Rede de Influenza da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Com larga experiência na resposta a emergências sanitárias relacionadas a vírus respiratórios, incluindo a Covid-19 e a influenza A (H1N1), a chefe do Laboratório, Marilda Siqueira, explica dinâmicas do H5N1 e ações de países para o enfrentamento do vírus:
Cenário nacional da influenza aviária
Na última quarta-feira (17/5), o Ministério da Saúde anunciou o primeiro caso suspeito de influenza aviária em humano no Brasil. Trata-se de um homem de 61 anos, funcionário de um parque em Vitória, no Espírito Santo, onde foi encontrada uma ave com resultado positivo para o vírus. De acordo com a pasta, o paciente apresenta sintomas gripais leves e está em isolamento e monitorado por equipes de saúde do município, conforme protocolo de vigilância sanitária.
A confirmação se deu dois dias após o Ministério da Agricultura e Pecuária anunciar, no dia 15 de maio, a detecção de três casos em aves silvestres em cidades do litoral do Espírito Santo. Estas notificações correspondem aos primeiros registros de influenza aviária no país.
Recentemente, o patógeno tem sido detectado em territórios onde sua presença ainda não havia sido registrada, levando milhares de aves a óbito. Nas Américas, foram observados casos inéditos em localidades na Argentina, Canadá, Chile e, mais recentemente, no Brasil.