Foi identificado nesta quinta-feira, dia 15 de maio, pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) o primeiro foco de gripe aviária H5N1 em uma granja comercial no estado do Rio Grande do Sul, no município de Montenegro, na Região Metropolitana de Porto Alegre.
O governo federal emitiu uma nota salientando ser o primeiro foco de influenza aviária detectado na avicultura comercial do país — antes as ocorrências eram em aves silvestres. Desde 2006, ocorre a circulação do vírus, especialmente na Ásia, África e no Norte da Europa.
Desde janeiro de 2025, os pesquisadores que compõem o Observatório do Impacto das Doenças Infecciosas no Trabalho (DIT) estão alertando sobre o avanço da doença no país.
Segundo o integrante da Rede Allan Campos, desde 2023 o mundo observa o crescimento do contágio da gripe aviária sobre animais silvestres e da indústria, o que preocupa o cientista já que a ocorrência vem ficando cada vez mais comum, podendo ter um rápido espalhamento da doença. “Casos como esse demonstram a necessidade de uma vigilância epidemiológica tanto para animais da pecuária quanto para seres humanos”. Pesquisadores do Observatório Dit já escreveram um Informe com orientações para trabalhadores sobre a gripe aviária. Acesse aqui
Ouça as considerações do pesquisador clicando aqui.
Vírus em demais locais e suspensão de compra das aves brasileiras
A secretária de Agricultura do Rio Grande do Sul também confirmou a presença do vírus em aves do zoológico de Sapucaia do Sul. Com a Informação, o local foi fechado para visitação.
Com a repercussão do caso, a China e a Europa suspenderam a compra de carne de frango do Brasil seguindo os protocolos sanitários acordados entre os países, já que o Brasil deixa de emitir certificados de exportação até que haja uma garantia de que o foco da doença foi extinto. Segundo especialistas, outros países também deverão bloquear as compras de empresas de todo território brasileiro.